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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

I love you harder recomenda


Oi! Como esse blog tem textos românticos que escrevo pra que, em algumas ocasiões, eu possa fugir dos meus problemas amorosos. Decidi que agora vou fazer recomendações pra vocês de filmes e livros românticos que eu gostei, pra que vocês, pessoas românticas e sentimentais possam assistir e dar a opinião de vocês nos comentários.

Esse post NÃO contém spoilers
Hoje no “I love you harder recomenda”, teremos a ilustríssima presença de “Like Crazy”.

Como muitos românticos sabem sofrer com amor é praticamente uma regra, e sofrer quando se esta longe do seu amor verdadeiro é quase um chavão. Like Crazy é, pra mim, um dos melhores filmes que fala de “amor a distância” que já assisti.





 Além de todo o cenário romântico de cidades lindas e cenas de tristeza e alegria do relacionamento do casal, nós temos as boas atuações. Digo boas porque ambos os atores agem tão naturalmente como se fossem realmente um casal que estivesse passando por esse nível de dificuldade. Recomendo justamente porque ele não é de comédia romântica, ele não é de romance adolescente. Ele é um filme que fala de amor, sem mais.







Avaliação: 

Parte 10



Sofia
Na noite daquele dia, percebeu que não conseguiria segurar mais. Estava angustiada e sabia exatamente o que deveria ser feito a respeito do que tinha acontecido.
Telefone em mãos foi se deixando discar os números.
- Oi... Acho que a gente precisa conversar. – disse Sofia, sem conseguir esconder a aflição.
- Nossa... Pelo visto tem alguma coisa errada.
- Estou indo ai... Tudo bem? – enquanto ainda falava rapidamente se levantou, foi até a cozinha, tomou uma aspirina e pegou as chaves do carro.
- Ok.
Se aproximando da porta, suspirou uma ultima vez e tocou a campainha.
- O que aconteceu? – perguntou Clara com o olhar preocupado.
- Não sei se você vai gostar muito do que vou te contar, mas somos amigas não somos? Aliás... Melhores amigas, certo? – disse Sofia entrando e fechando a porta em seguida.
- Sim...
Sofia se sentou calmamente no sofá, puxou Clara para sentar-se ao seu lado e começou contando como conheceu Thomas. Não entrara em detalhes, pois queria logo acabar com aquilo. Depois de contar sobre o incidente de ter encontrado o ex, e Thomas a ter ajudado a escapar dele, começou a sentir a garganta secar, porque se aproximava o momento de falar sobre o beijo, que por hora, era a notícia mais inquietante.
Falou sobre a lanchonete, a torre, a garçonete esquisita... Enfim, chegou até o momento ápice de toda a situação, o beijo.
Clara a fitava, com o rosto sem expressão como de um manequim de loja. Sofia acreditava que nunca tivera visto a amiga daquele jeito. Era um olhar gélido e distante.
- Clara, me desculpe. Não foi minha intenção... - ao dizer essas palavras sentia um aperto na garganta e o olhar da amiga ainda não mudara. - eu nunca faria isso com você intencionalmente... Me perdoe, por favor.

Clara
Clara esfregou a parte de trás do pescoço com as mãos olhando para baixo. A única coisa que vinha em sua mente era a imagem de sua amiga beijando Thomas. Apoiou a testa na mão direita e suspirou.
- Me deixa sozinha um pouco... Preciso pensar. – essa foram as únicas coisas que conseguiu dizer, naquele momento.

Sofia
Sofia a fitou ainda angustiada tentou pegar a mão da amiga que de uma forma arisca se afastou. Levantou-se e foi até a porta se sentindo como um monstro.
Caminhou até o carro com a mente desligada do ambiente externo e ao fundo ouvindo as palavras da amiga com a imagem da mão dela se afastando. Ela sentia que talvez o perdão pudesse nunca acontecer, e ela se sentia ainda mais apavorada com isso.
Ao entrar em casa a única coisa que pensou ser o mais inteligente a se fazer foi ligar para Thomas.
- Eu me encontrei com Clara hoje.
- Eu acabei de ligar para a casa dela, mas ela não me atendeu.
- Eu contei sobre o beijo... Senti que era a coisa certa, somos melhores amigas, não podia esconder isso dela. Você pode me odiar e falar que aquilo não foi nada de mais e que não era preciso contar, mas eu não consegui. Me desculpa.
Depois do desabafo, alguns segundos de silêncio. Três ou cinco, mas com certeza soaram como horas.
- Eu não ia dizer isso... Na verdade Sofia, eu ia pedir para que contasse a ela sobre isso, ou me apoiasse na decisão de contar. Como ela reagiu?
- Eu nunca a vi agindo daquele jeito. Ela estava com um olhar frio, e depois de ouvir meu pedido de desculpas só pediu para ficar sozinha. Thomas... – fez uma pausa, pois as lágrimas saíam de seus olhos incessantemente, respirou o mais fundo que conseguia e continuou – o que nós fizemos foi errado. Não sei se um dia ela vai me perdoar, mas posso pedir pra que você me perdoe. Eu passei dos limites... Me desculpa. - com essas palavras desligou o telefone e se deitou na cama esperando por uma noite sem dormir.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Parte 9


Sofia
Durante quase toda a vida, Sofia se sentia na obrigação de nunca generalizar coisas, situações ou pessoas de sua vida. Conviveu por anos com uma mãe que, no fundo, ela nunca entendeu se tinha bipolaridade ou era infeliz mesmo.
Tinha dias em sua infância, que sua mãe sorria e agia com uma suavidade incrível, mas esses dias eram basicamente apagados quando ela se lembrava das milhares de vezes que a via discutindo com seu pai, ou reclamando da vida e das escolhas que fizera quando era jovem.
Sua mãe, a maioria do tempo, dava para ela conselhos que ela odiava ouvir. Era do tipo de mulher que não gostava de atitudes do marido, e queria justificar que esses atos eram da natureza do sexo masculino. Sentia-se irritada quando começava um relacionamento e sua mãe ficava dizendo que não se podia confiar, nem amar o homem. Pior era a sensação de quando o relacionamento realmente não dava certo e a mãe ficava por dias seguidos dizendo a frase mais odiada por Sofia
- Eu te avisei. - ela dizia. – Não se pode confiar neles, sempre vão fazer a mesma coisa.
Sofia se limitava a apenas fitá-la e imaginar o porquê de todo aquele desgosto.
Parou para pensar um pouco em Thomas, e tinha certeza que se sua mãe o conhecesse ela diria a mesma frase e daria a mesma lição sobre como se deve tratar um homem e como não se deve tratá-lo também. Se perdeu mais uns minutos em seus pensamentos e voltou a si quando sentiu alguém tocando em seu ombro.
- Você pode me entregar esses relatórios até o fim do dia? Não tem muita coisa, do jeito que te conheço em uma hora você termina. – disse seu chefe com alguns papéis nas mãos.
- Ah... Tudo bem, eu... Sim, eu faço.
- Está tudo bem com você? Parece cansada... Enxaqueca? – ele deu alguns passos até a frente da mesa dela e fitou seu rosto.
Sofia respirou, puxou uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Tudo bem... Os relatórios estarão prontos antes do almoço.
Seu chefe sorriu e fez sinal de positivo com a mão e se afastou.

Thomas
O dia de Thomas estava normal. Os mesmos “bom dia” de sempre no trabalho, aqueles sorrisos e leves acenos com a cabeça para os conhecidos. Tudo ainda parecia igual, só ele que não se sentia igual.
Thomas tinha seus pensamentos atordoados pelos últimos acontecimentos, mas estava decidido a organizar as ideias apenas quando tivesse tempo para isso... A quem estava tentando enganar? Não ia conseguir parar de pensar nisso e se concentrar em outra coisa enquanto não tivesse resolvido tudo com Clara e Sofia.
Talvez ele tivesse apenas uma escolha, ser sincero com Clara. Mas antes disso, ele se sentia obrigado a encontrar-se novamente com Sofia para esclarecer tudo. Ele só sabia que estava dividido entre as duas e que a decisão era praticamente impossível.


Clara
Pelo menos a cada cinco minutos ela olhava para Adam para se certificar que ele não estava precisando de nada. Algumas vezes ela o pegava olhando para ela também e já movimentava os lábios perguntando de estava tudo bem.
Na hora do almoço, Clara saiu depois de suas colegas de trabalho, e como estava sozinha decidiu ir até um restaurante bem próximo. Por coincidência Adam estava sentado em uma mesa próxima a janela dos fundos desse restaurante, esperando seu pedido chegar. Ao vê-la entrar, acenou para que se aproximasse com um sorriso alegre no rosto.
- Logo no primeiro dia almoçar sozinho não é muito divertido. Quer almoçar comigo? – disse Adam quando Clara se aproximou.
Clara sorriu e se sentou na cadeira de frente para Adam. Fez seu pedido e enquanto esperavam, bebericavam água e conversavam sobre as atividades que Adam exerceria.
Tivera sido uma conversa muito boa. Adam era engraçado e parecia maduro. Não era como aquelas pessoas que tentavam forçar intimidade perguntando sobre coisas pessoais sem conhecer direito a pessoa. Clara estava gostando e aproveitando a companhia nova no almoço.
Logo depois do assunto trabalho, falaram um pouco sobre os gostos. Admiravelmente, Adam também não apreciava bares e bebida alcoólica, ele preferia um cinema, teatro ou até mesmo um show, mas era mais caseiro.
- O que não gosto nos bares não é o lugar, a pouca luz me agrada. O problema de bares esta nas pessoas. Aqueles caras e garotas só procurando alguém pra passar a noite. É difícil encontrar alguém que queira encontrar uma pessoa, na verdade eles querem encontrar um corpo. – disse Clara surpreendida quando Adam disse que não gostava de bares.
- Concordo, já fui algumas vezes em bares, logo que me aproximava das garotas, quando não faziam cara de nojo, para parecerem “difíceis”, elas se atiravam e não tinham conteúdo nenhum. Eram feitas de maquiagem, roupa cara e álcool. Nada além. – disse Adam.
A conversa continuou, mas tinham que voltar ao trabalho. Voltaram caminhando e conversando, ambos surpreendidos com a companhia agradável um do outro.