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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Carta Nº15

Minha intenção não é fazer as pessoas aparecerem assim que penso nelas. Capaz que se isso um dia acontecesse eu teria uma casa cheia de pessoas em menos de dez minutos. Às vezes penso em você e gostaria que você aparecesse e soubesse que só surgiu por eu estar pensando em você. Minha inconstância nos meus pensamentos me mostra que cada dia fica mais difícil encontrar dentre todos, apenas um que seja o mais importante, sem que tenha nenhuma impossibilidade no caminho.
Se fosse tudo perfeito de mais, como nos meus sonhos, não daria certo. O amor não é baseado só em coisas que dão certo e também não é de toda verdade que ele seja pra machucar as pessoas. Quando se ama, se ama também os defeitos e tudo o que não se deve amar, como no caso de estarmos ambos nas extremidades. Você tem várias impossibilidades, mas acho que são elas que te fazem real, são elas que te fazem ser aquele que escolhi para amar. Foi como um milagre ter começado e foi uma coisa ruim ter acabado, mas vejo isso como mais uma fase, uma comprovação que os extremos podem ser diferentes, mas eles de uma certa forma se atraem.
Depois de escrever tantas cartas, desistir de escrever a maioria delas, amassar algumas, escrever novamente...
Pego-me pensando onde será que esta você agora para ler palavra por palavra?
Onde esta você pra que eu as entregue pessoalmente e você só leia e corresponda da forma que achar melhor?
Com você não consigo ensaiar na frente do espelho o que vou dizer, as palavras surgem explodindo minha mente e por isso quando escrevo as cartas decido jogá-las fora por medo de serem espontâneas demais. Acho que quando penso demais ao escrever acaba tudo parecendo mais fraco, por isso prometi a mim mesma que essa seria a única carta que não amassaria, não apagaria, não riscaria uma linha se quer do que escrevi.
Penso no que posso dizer...
O espaço de uma carta não é grande porque não quero cansá-lo quando estiver lendo. Por isso o que escrevi no começo, todas aquelas palavras foram vãs - menos a parte que descreve o amor, pois esse era o primordial sentido para o que direi agora.
O tempo não mede o amor, nem as palavras, a distância muito menos. O que mede o amor é simplesmente a capacidade de amar. Amar os defeitos, amar as qualidades, se você está disposto ao amor ele acontece sem precisar descrevê-lo ou repeti-lo por milhares e milhares de vezes até a pessoa que você ama se importar com isso.
Eu te amo e acho que essas três palavras valeram mais do que todas as outras palavras desta carta e muito mais do que todas as outras quinze cartas riscadas, rasgadas, amassadas... O amor não muda, não importa se esse amor te machuque ou te traga felicidade. 



Pelo valor daquelas mesmas três palavras não poder ser explicado, eu as repito sem medo de errar ou me enganar. Eu te amo e escreverei isso quantas vezes forem necessárias.

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